Sou bagunceira NATA.
Meu quarto, minha cama, meu banheiro,meu armário, minha
bolsa e minha vida precisam de uma faxina constante.
A questão não é a preguiça, é o apego!
Eu só tiro uma roupa do armário, se for pra doar e antes de
chegar nesse ponto, eu lavo, customizo, mudo as combinações, e tento dar
chances, pra mesma e velha roupa de sempre.
Na minha bolsa eu faço limpas, mas deixo lá, meus itens
importantes, de primeira necessidade (que eu quase nunca uso):
removedor de esmalte
remédio uma “Neusa”
maquiagem
cartão do salão
e meias.
Itens que permanecem lá independente de quantas vezes eu
fizer uma limpeza, na bolsa.
Afinal, a gente nunca sabe quando vai precisar, de meias.
Na vida amorosa funciona do mesmo jeito.
E na minha opinião, um
armário/uma bolsa de mulher são os espelhos de seus corações.
Eu não me orgulho disso, já que minha primeira frase foi
essa declaração bombástica sobre minha falta de organização.
Mas a verdade é que, o mesmo acontece com os amores.
O vai e vem, de amores criam uma miscelânea de casos
impostos por mero acaso, e que eu deixei ficar lá, sem ponto final, sem adeus,
sem partidas.
Só joguei no armário, e ali permanece, criando pó.
As vezes a gente acha que vai ficar linda com uma roupa, e
deposita o sucesso da festa todo: naquele modelito.
Aí quando veste, não encaixa, não combina, não flui, e a
roupa fica ali, jogada no armário, esperando uma outra tentativa, uma outra
combinação, uma outra ocasião.
Quando chegar o dia da limpeza, você se espanta com a
quantidade de peças até bonitinhas, novinhas, mas sem utilidade, no seu
armário.
Aí cabe a você decidir se insiste ou se passa a diante, quem
sabe a próxima possa aproveitar melhor.
A vida muda quando a gente aprende a organizar o armário.
Mesmo que não for jogar nada fora, separa por prioridade, ou
por encontro: cinema, choppinho, night, casa...
Enfim, com os homens continua sendo a mesma coisa.
O segredo entre bagunça, armário, bolsa e coração, é o tal
do desapego.