domingo, 18 de agosto de 2013

Amor naftalina

Não precisava escrever nada disso. Tá velho, passado, engomado e bem guardado no armário, com cheirinho de naftalina.
Mas viver qualquer outro tipo de relacionamento, me faz lembrar daquele.
OS OUTROS vão sempre me fazer lembrar DELE, por semelhança ou por extrema diferença.
Ou porque era bom, ou porque poderia ser melhor...E quem vai saber?!

É, novamente...Você!

Quando eu te conheci, eu te queria de alma, te queria mesmo antes de te querer ou mesmo de ter te visto. Eu sabia que de alguma forma você estava colando na minha estrada, logo ali nos quilômetros seguintes, e te esperei no acostamento.
Guardei minha gasolina, meu carinho, minha direção, minha dedicação, meu step, minhas malas e todo o meu amor que coube na caçamba.
E assim foi. Vivi intensamente, e ao mesmo tempo devagar, degustando tudo que podia, que devia, que conseguia, e me esforçando pra ser cada dia mais e melhor. Por você, por mim e por nós.

Enfim...Passou o tempo necessário e o nosso futuro chegou ao fim. Hoje é um passado bem enterrado, mas que se torna presente dentro da minha cabeça a cada novo atalho que eu pego.
Eu não te quero de volta, nem tão pouco te aceitaria caso você quisesse.
Mas acabei chegando à conclusão que além dos meus DVD´S favoritos, e minha caneca de leite, meu coração deve ter ficado por ai, em alguma gaveta.

É mais ou menos isso. Te doei todo meu amor, e não estou te pedindo ressarcimento.
Mas, na medida que, o tempo passa, eu percebo que não vou mais amar. Pelo menos não daquele jeito.
E não digo que eu já não tenha gostado, ou qualquer coisa parecida, por outro alguém.
E sei também que posso um dia aprender a amar diferente, amar com respeito, amar com carinho, amar com tesão, amar como amigo, mas gastei minha cota vitalícia de amar com amor e só.
Acredite: Os outros, ainda são os outros, e o coração até tenta, mas nunca me enganou.

Não era, não é e nunca será, aquele nosso amor, amor.