Não é que eu cansei de falar em
você, na verdade foram as pessoas a minha volta, que cansaram de me ouvir. Repetitivamente
me pegava pensando na gente, egoistamente não ficava um segundo sem pensar em
você. E na ausência de poder falar, eu escrevia.
Restaram-me poucas alternativas. Pode parecer novela
mexicana, pode ser filme de terror, pode parecer ser um besteirol americano...Mas
eu acabei preferindo optar pelo final feliz, mesmo que isso pareça uma Missão Impossível.
Não digo que te amei, mas eu te
curti. Curti aquela pseudo relação que eu sonhei pra nós, e a minha esperança,
que nunca pensei que fosse tanta. Era pura, era bonita, mesmo que solitária.
Era como uma nuvem, que trazia você pra mim em forma de garoa. Eu queria uma
tempestade, uma inundação, um dilúvio, o fim do mundo que fosse. Mas acabei
aceitando migalhas, inclusive aquele seu amor à conta gotas.
E não foi uma, nem duas vezes, e
você não foi o primeiro, nem o segundo, mas espero que dessa vez eu tenha aprendido.
Acordei depois daquela festa, com
vontade de te matar, e dessa vez não era de amor, nem de ódio. Era fazer você morrer
pra mim, pro meu pensamento, apagar você do meu passado, esquecer você no meu
presente e livrar o meu futuro de você. Foi pensando nisso, que eu descobri que
na verdade, você nunca passou de um nada.
E que linha tênue entre o tudo e o
nada, não é?!
O erro foi meu por parte, eu devia ter sido menos
fiel a minha utopia, devia ter me permitido conhecer pessoas, e isso me faz
pensar em quanta gente eu fechei a porta da minha vida, e até fechei a cara,
quanta coisa eu perdi pra me perder com você, e pra agora descobrir que você não
vale um segundo do meu tempo, quem dirá o meu respeito.
Me
enganei comigo, me enganei com meus sentimentos, e principalmente, me enganei
com você. É que eu andei meio sem tempo pra viver romances superficiais, que
acabei pulando etapas, e transformando pessoas desimportantes, em parte da
minha vida.
Nem todo lance precisa virar
historia, nem de livro nem de filme.
Nem todo caso precisa ser de amor. Aliás, a falha que
cometi, foi achar que existem casos de amor. Casos são histórias curtas, apenas
meios do caminho. Foi ignorância achar que o amor iria caber dentro de um caso.
Foi burrice achar que aquilo era amor.
O amor é poderoso, forte, grandioso, o amor não
termina, e ele só sabe existir se for de verdade e se for eterno, se for pra
virar lenda, se for pra mudar as vidas, se for pra fazer e ser história. Uma
dessas de final feliz.