quarta-feira, 31 de julho de 2013

Muito Prazer!

Eu sou um misto de respiração ofegante, gemido, grito, sussurro.
Eu sou mão na boca, sou arranhão, carinho e tapa.
Eu sou a câimbra, o formigamento e a dor.
Eu sou o controle do descontrole, eu sou a imaginação, o alfa e a pane, 
Eu sou o o cheiro o toque e o suor.
Eu sou o delírio entre o prazer e o carinho.

Eu sou famoso, sou VIP, sou espalhafatoso, sou apelativo, sou estrela, sou constelação.
Sou reconhecido de longe, de olhos fechados e no escuro.

Sou fascínio, delírio, delícia, malicia, e sou amor...não, não sou amor, mas posso ter.

Enfim, sou aquilo que some e aparece com mais naturalidade que o cara de pau do seu peguete.

Mas, deixa eu me apresentar:
Sou o ORGASMO, hoje é meu dia e, quem diria, O prazer é todo seu!

Feliz dia do orgasmo!

PS: Aprecie sem moderação.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Plantar uma arvore e ponto final.

To sentindo um desconforto no estômago, suspeito que tenha sido, uns sapos que engoli naquele jantar. Ando enjoada de uns pratos típicos, até dos meus preferidos. E chega um ponto que, por mais que eu consiga mastigar e engolir, as náuseas me vencem. Enfim, to precisando vomitar umas palavras.
Cansei de cair sempre nas mesmas tramas, como se todo filme tivesse o mesmo final, feliz ou não. Muda cenário, atores, muda diálogo, enredo, muda até o gênero. Mas naqueles 45 do segundo tempo, um pouco antes dos créditos, é sempre o mesmo ponto final.
Ponto final...Talvez seja isso que me falte.
Dos roteiros que escrevi, posso ter dado muitas lições de moral, posso ter entrado de cabeça no gênero dramático, assassino, louco-apaixonado, ficção, uma comedia romântica, e até um suspense, mas não me lembro de ter dado um ponto final em quem quer que seja, mesmo quando EU mesma digo, que não quero mais.
Eu tenho essa falha no sistema.
Já disse muitas vezes “não te quero mais”, e cortei pessoas da minha vida, as quais eu, na verdade, queria cada vez mais perto e pra sempre do meu lado, colado, na concha.
Ansiedade, medo ou cansaço.
Vai saber?! Mas se não fosse eu, o destino iria tomar essas pessoas de mim, de qualquer forma.
A verdade é que eu acabo cortando quem eu mais quero, por saber que não posso ser correspondida em igual proporção, e que se algum dos envolvidos tiver que pedir pra sair, então que seja eu.
Prematura que sou, igualmente lido assim com os relacionamentos. Amo, me entrego e me envolvo até o ponto de cansar,  e canso rápido por que eu sou intensa e se não recebo o mesmo choque de volta, eu tiro logo da tomada. Pra evitar maiores traumas, pra fingir pra mim mesma que eu tenho o controle da situação, e voltar segura pro meu aconchego, pra minha incubadora.
Acontece que, esses pontos finais se multiplicam, e quando eu vejo, só tenho reticências nos meus casos. Por mais dramático ou psicótico-assassino o final de algum enredo, mais dia, menos dia, o mocinho/vilão aparece na minha porta novamente.
Ciclos de amor não fechados, são como almas penadas nos corações, você pode até estar com outro na conchinha, mas a lembrança e/ou a presença do falecido, vai vim te puxar o pé quando você menos espera.
O ruim é quando a gente espera e o infeliz não volta.
Por sinal, os meus “ADEUS com sentimento”, tem duas finalidades: os que eu só falo pra analisar a reação do individuo. E os que eu, de fato, cansei de esperar qualquer reação.
E pra ter um homem sem reação ao lado, eu prefiro plantar uma arvore no meu quintal. Pelo menos é ecologicamente correto.
O que interessa nisso tudo, é ir tentando honrar com minhas palavras, com meus “ADEUS”. Por que depois que chegar nesse ponto, mesmo que ele implore e meu coração o devore, vou preferir botar as mãos na terra. 
Tá decidido:  No meu jardim sempre vai ter espaço pra mais uma arvore, mas meu coração já ta fechado pra esses casos inacabados, sem exceções. Vai ser assim e ponto final.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Naquele segundo momento

Cada vez mais distante - É como me sinto depois que aprendi a controlar minha imaginação frente aos meus relacionamentos. - Sem minha expectativa, minha esperança, minhas doces mentiras. 
Nenhum deles tem graça.

Azedou.

Fazendo uma lista mental dos caras que mais gostei, todos foram fruto da minha psicose por príncipes encantados.

De alguma forma, você escapou do meu filtro, eu aceitei os defeitos, sabia deles e nunca quis maquiar pra ninguém, nem pra mim. Nem que pra isso custasse o tão esperado final feliz na minha história.

Você sumiu por um tempo, reapareceu depois, sumiu de novo e todas essas vezes eu estava ali, na janela, esperando e sabendo que você iria voltar.

Parada, estática e pensativa eu listava mentalmente tudo o que eu queria te dizer. Treinava diálogos, arquitetava vinganças, injúrias e difamações; Mas no segundo momento me pegava compondo uma canção de amor pra ir cantar embaixo DA SUA janela.

A verdade é que você sempre soube quanto tempo durava minha raiva, e vinha sempre naquele segundo momento.

Até hoje eu não sei se tive sorte ou azar de ter te conhecido, se nossa história tá no passado, se é presente ou se ainda temos luz no fim do túnel, ou só luz, ou só túnel.


Não descobri o que acontece comigo, mas vivo te esquecendo, mesmo não te procurando, e cada sinal de fumaça que você me envia, é uma fogueira de sentimentos contraditórios no meu coração.

Não sei se aceito, se insisto, se quero, se acabo, se penso, se gosto, se odeio, se uso, ou se mando pra bem longe.
Mas se perto você já demora pra exercer a politica de ir e vir da minha vida, imagina a léguas daqui.

Nesses espaços de livre escolha que você me submete, conheço, convivo, concordo e comparo pessoas.
E é automático: eu posso encher um ou outro de predicados, e mesmo não tendo NADA pra me oferecer, ninguém conseguiu te vencer no meu ranking.
Vai ver é porque você gosta de competições, sabe ganhar e já se acostumou com pódios e medalhas.



Mas dessa vez campeão, acho que isso tem mais a ver comigo, do que com você.

Juro por nós, que na próxima vez que você tiver dado seu tempo pra minha raiva, e vier me procurar, você vai ter que ouvir tudo o que eu quero te dizer.

Mas não demora tempo demais, porque depois que passa aquele segundo momento, só o que me restará te dizer, será:



                                    ADEUS!