sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Uma das milhões de mulheres que existem dentro de mim.



Sabe o que é felicidade?!

Alguma coisa muito relativa e ampla e que eu não ouso definir.
Mas têm alguns momentos, pequenos até, que a gente se sente viva, e acho que ser feliz é mais ou menos isso.
Um passo, um olhar, uma palavra, um gesto, enfim...uma escolha qualquer, essas peças que o  destino prega na gente.

Pra que complicar se pode facilitar né?E a vida é tãããooo, tããão simples...e as pessoas insistem em buscar a festa inesquecível, quando na verdade é justo aquele dia que tu te arrumou em cinco minutos (tá, 15!) que tu tem grandes e boas! surpresas!
Uma das milhões de mulheres que existem dentro de mim, é bem prática (outro dia eu conto das outras).
E ultimamente, é ela quem tem posto as asinhas de fora.

Se eu to afim eu vou, sem papas na língua, se quero eu faço, e se não curtir eu falo na lata e dou tchauzinho. Sem choro nem vela.
E tem sido muito bom.

Logo eu, que fiz minha trajetória sempre pensando mais em agradar os outros do que a mim mesma, com um medo até infantil de perder as pessoas, gostando ou não delas.
Digamos que tenham sido uns 20 e poucos anos de aprendizado, onde muitas coisas das quais eu não precisava pra mim, eu carreguei nas costas, como culpa e, no colo, como filho.
Hoje não!
Joguei a toalha, tirei a mochila, cada um que vá cuidar dos seus... e a porta da rua é serventia da casa. Quer que eu abra?

Não deu, azar (ou sorte)!
DE VERDADE...não se força nada, nem amizade, nem namoro, nem química. Não posso obrigar alguém a gostar de mim, e nem eu, o contrário.
Ou gosta, ou não gosta e ponto.
Não sou obrigada a fazer nada que eu não queira e nem obrigar ninguém.
É muito simples.

As relações pra mim, viraram o verdadeiro significado da palavra RECIPROCIDADE.
Se gostar, eu vou ajudar, se não gostar, eu não vou fazer esforço, se me usar eu vou aproveitar, e se quiser ter uma amiga de verdade, basta SER.

A minha educação não vai mudar, o que muda é o quanto,como e pra quem vou me doar.

Antes não faziam questão nem de me alcançar o sal na mesa, e eu fazia o almoço, servia no prato e ainda colocava o feijão por baixo do arroz, do jeito que eu sabia que eles gostavam.

Em outras palavras: Hoje eu cansei de fazer tudo, pra quem não faz nada pra si mesmo, muito menos pra mim.

E te digo, não há nada melhor pro nosso "grilo falante", do que andar sem nada nas mãos, no colo, ou na bagagem. Sem lenço e sem documento.
Fazendo a própria história.

A gata borralheira” aprendeu a ser “A megera indomável” quando necessário. QUANDO NECESSÁRIO. Pois depois de tudo, ainda sei dar valor a um ser humano.(apesar de preferir os animais)
Só sei diferenciar hoje, quem eu quero do meu lado e, quem eu quero bem atrás, no passado.
E pode ter certeza, que a “Amélia - a mulher de verdade” que tanto faz falta, ta aqui dentro de alguma das outras Laura’s, bem vivinha e pronta pra te acordar com um café na cama, te fazer massagem no pé, fazer o teu prato predileto no almoço e colocar o arroz por baixo do feijão como tu gosta.
A questão aqui são méritos. Cada um tem a de mim, a Laura que merece. Simples.