domingo, 19 de junho de 2011

Eu tive que escolher.

Nao é indecisão, e eu ja até chorei por isso. Por algum momento pensei que era excesso de opção e consequentemente ele só me achava linda, quando não tinha mais ninguém pra o convencer do contrário. Não deixa de ser, mas eu descobri: É a tal da bola! E eu como bom gandula, enchi a dele! Só esqueci de deixar claro que ele nem é tão lindo ou melhor, ele não é nem bonito e muito menos o meu tipo.

Me venceu pela insistência num momento de fraqueza no qual abraçar uma arvore me fazia sentir útil e necessária.
Ainda assim, os calos e decepções me impediam de querer que meu coração se envolvesse!
O fato é, que eu nem queria e, quando eu vi não vivia mais sem.

Ele ficou mais de 2 meses sem falar comigo, e provavelmente sem LEMBRAR. Porque eu fazia esse trabalho por nos dois.
Não vou mentir, eu quero muito ele, é quase uma questão de honra. E ele certamente sabe disso, e com tanta certeza como a de que ele vai vestir meias antes de colocar as chuteiras.

Aí eu ligo só pra dizer que desisti, cansei, enchi o saco de ser ninguém pra quem se tornou tão importante pra mim. Mas quem desiste não precisa ligar pra dizer isso, e eu faria tudo isso só para ouvir aquele sotaque novamente nem que seja pra dizer:
- Alô? Quem é?
TU - TU – TU.
Não, eu não vou fazer isso!
Mas só até eu encontrar outro assunto mais relevante e indispensável pra te falar.

O problema é que isso não é privilégio dele, foi assim com um, foi assim com todos. Ou pelo menos de uns tempos pra cá, depois dessa minha síndrome repentina de sair agarrando plantas e vegetais.

É como um jogo da vida, e além da gana de ganhar, tem o bilhetinho da sorte e revés que as vezes cai no meu tabuleiro.
O bom é que tudo passa, ou eu já estaria fazendo a fotossíntese.
De fora, da pra ver que é fogo de palha, apego, carência...
De dentro é um quarto escuro, que ao mesmo tempo que dá medo, dá vontade de descobrir o que tem naquela penumbra.
Mas chega de viver em modo turn-of, é hora de assumir nem que seja a solidão. Afinal, sou bem mais bonita, à luz do sol e sou bem mais eu mesma, quando estou só comigo.

Eu tive que escolher, entre ter sorte no amor e ganhar no jogo da vida, e eu quero subir no pódio, e ganhar medalha, mas não em forma de coração.
Não sou um saco de gelos, só acho que descobri em tempo, que amar é consequência da vida, e enquanto te amar, for me perder, eu sigo tentando me encontrar.